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domingo, 18 de abril de 2010

ATÉ QUANDO ????

Áté quando?
Até quando os consumidores brasileiros continuarão a ser maltratados, prejudicados, abusados, pelo outro lado, os fornecedores de bens e serviços brasileiros ?
Grandes nomes do mercado empresarial brasileiro pouco se importam em espezinhar seus consumidores.
Hoje vamos abordar dois exemplos, casos concretos, de abusos cometidos pela PUC (Pontefícia Universidade Catolica) e pelo Banco Itau.
São apenas dois exemplos, das milhares ocorrências diárias de abuso e de pouco caso.
Mais do que a morosidade judicial,  que não é privilégio brasileiro, creio que a raiz do problema é na pouca significância das condenações em indenizações de perdas e danos que reside a sensação de impunidade. Aqui sim, vemos um distanciamento com relação a outros paises.
É comum vermos nos tribunais condenações em verbas indenizatórias inferiores a R$ 10.000,00 para danos morais e emocionais significativos.
Que punição representa para grandes empresas, como estas de que estamos falando hoje,  uma condenação de  dois, três, cinco mil reais?
E para obter estes valores o consumidor  tem que percorrer extensa escala de contratempos e desgaste.
DR. MARIO ARCANGELO MARTINELLI

Colocada nossa opinião sobre a causa da displicência, vamos aos fatos de hoje :

 PUC x aluno
Email da consumidora Maria José (nome fictício) :
Olá Martinelli,
Obrigada pela ajuda!

A história é a seguinte: Eu faço MBA na PUC SP, mais precisamente na COGEAE - coordenadoria geral de especialização, aperfeiçoamento e extensão da PUC SP. 
Estudo lá desde o primeiro semestre de 2009 e sempre recebi o boleto e paguei as mensalidades na data correta.

Mas no mês de abril eu não recebi o boleto que deveria ter sido entregue pelo correio e passei mais de 10 dias tentando pedir a segunda via do boleto.

Conforme o contrato, eu sei que deveria retirar a segunda via na secretaria dois dias antes do vencimento (05/04). Mas, por causa do feriado a PUC estava fechada e não tivemos aula portanto eu não consegui pedi-lo. 
Após o feriado eu fiquei dias tentando ligar na secretaria do Cogeae, mas sem sucesso. A mensagem eletrônica não funcionava e não permitia que falássemos com nenhum atendente.

Pelo site consegui um endereço de e-mail (infocogeae@pucsp.br). Não obtive resposta deste e-mail e no último sábado (dia em que tenho aula) fui pessoalmente à secretaria.
 Lá, fui informada que deveria pedir a segunda via no e-mail cobranca@pucsp.br ou tentar retirá-lo pelo Portal do Aluno. Ainda no sábado acessei o Portal do Aluno, mas não consegui acesso ao boleto. Também mandei e-mail para o endereço que me recomendaram, mas até agora não obtive resposta.

Na última terça-feira, mais de uma semana depois de começar minha saga pelo boleto, finalmente, consegui falar por telefone com a secretaria do Cogeae que me disse que eu estava mandando e-mail para o endereço errado (embora tenha sido fornecido por uma atendente da secretaria no sábado) e que eu deveria encaminhar o meu pedido para negociacao@pucsp.br.
E agora, recebi a seguinte resposta:
“Prezado(a) aluno(a),
Multa e juros não poderão ser dispensados, segue anexo o boleto.”

Eu estou indignada que tenha que arcar com a multa de um erro da instituição.
Independente do valor, acho uma falta de respeito com o consumidor está história de “tem que pagar a multa” e pronto.

Me sinto de mãos atadas perante empresas que colocam as regras que quiserem, mesmo sem o menor bom senso.

Isto sem falar na falta de atendimento (quase 10 dias passando por vários setores para conseguir a segunda via do boleto).

Sentia como se estivesse implorando para pagar a mensalidade e agora ainda sou penalizada por isso
.
O mais frustrante é  aprender a (pouca) importância do relacionamento com o cliente em uma instituição que não entende absolutamente nada deste princípio.

OPINIÃO DO SITE

Neste caso, cara Maria José e demais sofredores, minha sugestão é, ao primeiro sinal de confusão tipo não recebeu o boleto e a 1ª reclamação não surtiu efeito, faça por ESCRITO e protocole a cópia.

Este procedimento cria um evento dentro da empresa reclamada e todos que põem a mão no papel ficam com medo de serem responsabilizados.

Se nem isso ocorrer, pelo espírito de pouca civilidade que impera em algumas empresas, pelo menos você estará se preparando para não ser penalizado (a) financeiramente com multas e demais cobranças abusivas.

No seu caso prezada Maria José, pegue esse fatídico boleto e faça uma notificação, extra judicial, feita por você mesma, para que a PUC não aplique custos por um atraso que não ocorreu por culpa sua, do cliente (aluno), sob pena de denuncia ao Procon e  ao Ministério da Educação . Faça com cópia ao Diretorio Acadêmico da sua faculdade.

Se não for atendida, cumpra as ameaças !

DR. MARIO ARCANGELO MARTINELLI

2º Caso : BANCO ITAU

Reclamação do cliente :

Dr. Mario Arcangelo Martinelli ,

Nossa empresa é de porte médio e vivemos as dificuldades que assolam nosso segmento no Brasil, seja pela burocracia, seja pela alta carga de impostos, seja pela falta de financiamento decente, seja pelas indecentes taxas de juros cobradas em financiamentos vorazes.

Temos contas em alguns bancos, entre eles o  Unibanco e o voraz Itau.

Cansados de cobranças indevidas de taxas e de juros abusivos, contestamos um contrato em que o Itau nos cobra juros de até 17,50% ao mês.

Por essa razão, deixamos de movimentar a conta do Itau, mas continuamos (inocentemente) trabalhando com o Unibanco.

Eis que senão quando, um belo dia o Itau (que incorporou o Unibanco) passou a transferir todos os valores que entravam em nossa conta no Unibanco para sua agência Itau, onde discutimos aquele contrato abusivo.

Uma vez que esses valores entravam na conta do Itau (contra nossa vontade) eram, ato continuo, confiscados para amortizar aquele contrato em discussão.

O que fazer ????

José Maria (nome fictício)

OPINIÃO DO SITE :

Caro José Maria,

A apropriação de valores de sua conta aberta no UNIBANCO, pelo BANCO ITAU é totalmente ilegal.

Faça imediatamente uma notificação à Auditoria e ouvidoria do próprio Itau, denunciando o fato...quem sabe a administração geral dessa empresa corrija o erro gravíssimo.

Envie cópia ao setor de Fiscalização do Banco Central.

Ato contínuo, sugiro procurar seu Advogado para analisar propor Ação Revisional quanto ao contrato com clausulas  abusivas e pedir liminarmente a devolução dos valores transferidos ilegalmente.

Lembro que você deve juntar avisos bancários comprovando essas transferências e sua apropriação pelo Banco Itau, para que o Judiciário possa determinar a devolução antes da oitiva do Itau.

Boa sorte !

DR. MARIO ARCANGELO MARTINELLI

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